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Neste ano de 2010, as Irmãs de São José do mundo inteiro, celebram os 400 anos de nascimento de seu fundador. Quando o Pe. Médaille acompanhou pequenos grupos de mulheres e lhes propôs uma regra de vida, ele estava longe de pensar em fundar uma nova congregação.
Nascido em Carcassonne, França, em 1610, Jean Pierre Médaille entrou no noviciado dos Jesuítas de Toulouse e se tornou notável por sua inteligência e fervorosa piedade. Percorrendo os campos da região do Auvergne, interior da França, constatou os estragos causados por quase um século de guerras civis e religiosas: órfãos, viúvas, enfermos, doentes abandonados, sem falar da grande ignorância religiosa e da desunião de espíritos e corações.
Pe. Médaille encontra numerosas jovens e viúvas, desejosas de se consagrar a Deus, pondo-se a serviço daqueles e daquelas pessoas necessitadas ao seu redor. Nesta época, as leis da sociedade e da Igreja não concebiam qualquer tipo de Vida Consagrada fora da clausura.
Quando São Francisco de Sales deu à ordem da Visitação a missão de visitar pobres e doentes, criou tal escândalo que elas foram obrigadas a voltar a viver atrás das grades do Claustro. São Vicente de Paulo contornou a dificuldade dizendo que as Filhas da Caridade não eram religiosas. Além disso, pelas suas Constituições, era interditado aos Jesuítas, ocupar-se de grupos de mulheres. Podemos imaginar o difícil problema de consciência enfrentado pelo Pe. Médaille. Como responder aos apelos ouvidos pelas ruas e ficar ao mesmo tempo na linha do Direito Canônico e das Constituições de Santo Inácio? Na contemplação do mistério da Eucaristia, ele fica certo de que seu modesto projeto vem de Deus. Como o Senhor no sacramento da Eucaristia, o “Pequeno Projeto” não aparecerá aos olhos do mundo, mas deverá irradiar o amor de Deus e do próximo.
Assim, o Pe. Médaille teve a audácia de abrir o caminho a novas formas de vida consagrada. Ele segue a corrente espiritual de século XVII que libera religiosos e religiosas para serem uma presença apostólica no meio do mundo. Os membros do “novo Instituto” circulam livremente, sem se distinguir das mulheres comuns. Com a ajuda de senhoras leigas, as Irmãs se entregam a todos os serviços materiais e espirituais que se apresentam: educação de moças e de mulheres, visita a pessoas doentes, a pessoas pobres, aos prisioneiros, etc. O encontro do Pe. Médaille com o bispo do Puy, lhe permite confiar o “Pequeno Instituto” à Dom Henrique de Maupas, grande admirador de São Francisco de Sales e amigo pessoal de Vicente de Paulo, que reconhece oficialmente “a Congregação das Irmãs de São José” no dia 15 de outubro de 1650. O Pe. Médaille se apaga, redige as “Constituições” do “Novo Instituto”, as “Máximas”, as “Elevações e Contemplações” que nos revelam sua profunda vida de intimidade com o Senhor. E, a partir de então, ele deixa a Congregação se desenvolver por si mesma.